Prisão do barão da droga na Colômbia é 'estratégia que não resolve nada', afirma especialista 2a65z
Dairo Antonio Usuga, conhecido como "Otoniel", foi detido no último sábado (23). Mas sua prisão não impedirá o paÃs de continuar sendo o maior exportador de cocaÃna do mundo, defende Jacobo Grajeles, professor na Universidade de Lille e especialista em América Latina. Dairo âOtonielâ Usuga, lÃder do Clan del Golfo, ao lado de soldados colombianos após ser capturado em Necocli, no sábado (23) Colombia's Military Forces/Handout via Reuters Dairo Antonio Usuga, chefe da maior quadrilha de narcotráfico da Colômbia, conhecido como "Otoniel", foi detido no último sábado (23). No entanto, apesar da satisfação do presidente Iván Duque, a prisão não impedirá o paÃs de continuar sendo o maior exportador de cocaÃna do mundo, defende Jacobo Grajeles, professor na Universidade de Lille e especialista em América Latina, em entrevista à RFI. "Otoniel" foi capturado em uma megaoperação no noroeste da Colômbia e, segundo o ministro colombiano da Defesa, Diego Molano, ele deverá ser extraditado aos Estados Unidos em breve. "A ordem de extradição [aos Estados Unidos] segue em curso", assegurou, em entrevista ao jornal colombiano "El Tiempo". Condenado pela justiça americana em 2009, Washington oferecia uma recompensa de US$ 5 milhões por informações sobre seu paradeiro. Forças Armadas capturam Dairo 'Otoniel' Usuga, traficante de drogas mais procurado da Colômbia De camponês e guerrilheiro de esquerda a traficante mais procurado: quem é o colombiano 'Otoniel' Colômbia prepara extradição aos Estados Unidos do traficante Otoniel "Esse é o caminho para todos aqueles que cometem delitos transnacionais (...) quase 30% do total das toneladas de coca que saÃam da Colômbia eram do Clã do Golfo", organização liderada por "Otoniel", acrescentou Molano mais tarde, durante coletiva de imprensa. "Este é o golpe mais importante deste século contra o narcotráfico, mas não vamos parar aqui", garantiu o presidente Iván Duque durante uma homenagem a um policial que morreu na operação. "Vamos buscar mais, vamos atrás da vitória contra todos os alvos de alto valor", alertou o presidente em uma base militar do municÃpio de Carepa, no noroeste da Colômbia. Dairo 'Otoniel' Usuga, traficante mais procurado da Colômbia, é capturado O governo acusa outros grupos armados, como o Exército de Libertação Nacional (ELN), última guerrilha reconhecida do paÃs, e os rebeldes que se afastaram do acordo de paz com as Farc, em 2016, de se financiar com a receita do narcotráfico. Em meio ao pior surto de violência após a do tratado, lÃderes das duas organizações foram incluÃdos em uma "lista de alvos de alto valor", como as autoridades colombianas se referem aos principais criminosos foragidos do paÃs. Organizações criminosas continuarão funcionando No entanto, para muitos especialistas na questão, a estratégia adotada pelo governo colombiano não deve trazer mudanças efetivas na luta contra o narcotráfico na Colômbia. Para Jacobo Grajeles, professor na Universidade de Lille e especialista em América Latina, a solução escolhida pelo governo Duque não é a melhor. "à a mesma estratégia que outros paÃses da região, como o México, aplicam. à a estratégia de buscar chefes dessas organizações e tentar eliminá-los ou prendê-los. Vemos de uma forma geral que isso não resolve o problema porque as organizações criminosas continuam funcionando. O mercado de exportação de cocaÃna continuará sendo ilegal enquanto a cocaÃna continuar sendo ilegal", diz, em entrevista à RFI. Segundo Grajeles, a eliminação de barões da droga só serve para incitar conflitos no interior das redes de narcotráfico. "Geralmente, há dois casos: ou alguém toma rapidamente a liderança desta organização e nada muda, ou há uma concorrência interna, gerando violências que terão consequências humanitárias nas áreas onde essas organizações operam", explica. O homem conhecido como Otoniel depois de ser capturado pelas Forças Armadas da Colômbia, em 24 de outubro PolÃcia da Comômbia/Via AFP Clã do Golfo: presente em mais de 300 cidade da Colômbia Nascido em uma famÃlia de camponeses do noroeste da Colômbia, "Otoniel" foi guerrilheiro e paramilitar antes de se tornar o lÃder do Clã do Golfo: uma organização com cerca de 1.600 homens e presença em quase 300 municÃpios, segundo o centro de estudos independente Indepaz. Ele tinha 128 mandados de prisão por narcotráfico e recrutamento de menores na Colômbia, entre outros crimes. "Ele assassinou mais de 200 membros das forças públicas (...). Muitos soldados sofreram por conta desse assassino e seus amigos", detalhou Duque. "Era conhecido na região por procurar meninas de 12, 13, 14 anos. Intimidava as famÃlias e as extorquia para poder ter a virgindade de suas filhas", denunciou o presidente. Em cinco décadas de luta contra as drogas, apoiada pelos Estados Unidos, a Colômbia matou ou capturou vários chefes do narcotráfico, inclusive o barão da cocaÃna, Pablo Escobar, morto pelas forças colombianas em 1993. No entanto, o paÃs continua se 4k6d1k


Dairo Antonio Usuga, conhecido como "Otoniel", foi detido no último sábado (23). Mas sua prisão não impedirá o paÃs de continuar sendo o maior exportador de cocaÃna do mundo, defende Jacobo Grajeles, professor na Universidade de Lille e especialista em América Latina. Dairo âOtonielâ Usuga, lÃder do Clan del Golfo, ao lado de soldados colombianos após ser capturado em Necocli, no sábado (23) Colombia's Military Forces/Handout via Reuters Dairo Antonio Usuga, chefe da maior quadrilha de narcotráfico da Colômbia, conhecido como "Otoniel", foi detido no último sábado (23). No entanto, apesar da satisfação do presidente Iván Duque, a prisão não impedirá o paÃs de continuar sendo o maior exportador de cocaÃna do mundo, defende Jacobo Grajeles, professor na Universidade de Lille e especialista em América Latina, em entrevista à RFI. "Otoniel" foi capturado em uma megaoperação no noroeste da Colômbia e, segundo o ministro colombiano da Defesa, Diego Molano, ele deverá ser extraditado aos Estados Unidos em breve. "A ordem de extradição [aos Estados Unidos] segue em curso", assegurou, em entrevista ao jornal colombiano "El Tiempo". Condenado pela justiça americana em 2009, Washington oferecia uma recompensa de US$ 5 milhões por informações sobre seu paradeiro. Forças Armadas capturam Dairo 'Otoniel' Usuga, traficante de drogas mais procurado da Colômbia De camponês e guerrilheiro de esquerda a traficante mais procurado: quem é o colombiano 'Otoniel' Colômbia prepara extradição aos Estados Unidos do traficante Otoniel "Esse é o caminho para todos aqueles que cometem delitos transnacionais (...) quase 30% do total das toneladas de coca que saÃam da Colômbia eram do Clã do Golfo", organização liderada por "Otoniel", acrescentou Molano mais tarde, durante coletiva de imprensa. "Este é o golpe mais importante deste século contra o narcotráfico, mas não vamos parar aqui", garantiu o presidente Iván Duque durante uma homenagem a um policial que morreu na operação. "Vamos buscar mais, vamos atrás da vitória contra todos os alvos de alto valor", alertou o presidente em uma base militar do municÃpio de Carepa, no noroeste da Colômbia. Dairo 'Otoniel' Usuga, traficante mais procurado da Colômbia, é capturado O governo acusa outros grupos armados, como o Exército de Libertação Nacional (ELN), última guerrilha reconhecida do paÃs, e os rebeldes que se afastaram do acordo de paz com as Farc, em 2016, de se financiar com a receita do narcotráfico. Em meio ao pior surto de violência após a do tratado, lÃderes das duas organizações foram incluÃdos em uma "lista de alvos de alto valor", como as autoridades colombianas se referem aos principais criminosos foragidos do paÃs. Organizações criminosas continuarão funcionando No entanto, para muitos especialistas na questão, a estratégia adotada pelo governo colombiano não deve trazer mudanças efetivas na luta contra o narcotráfico na Colômbia. Para Jacobo Grajeles, professor na Universidade de Lille e especialista em América Latina, a solução escolhida pelo governo Duque não é a melhor. "à a mesma estratégia que outros paÃses da região, como o México, aplicam. à a estratégia de buscar chefes dessas organizações e tentar eliminá-los ou prendê-los. Vemos de uma forma geral que isso não resolve o problema porque as organizações criminosas continuam funcionando. O mercado de exportação de cocaÃna continuará sendo ilegal enquanto a cocaÃna continuar sendo ilegal", diz, em entrevista à RFI. Segundo Grajeles, a eliminação de barões da droga só serve para incitar conflitos no interior das redes de narcotráfico. "Geralmente, há dois casos: ou alguém toma rapidamente a liderança desta organização e nada muda, ou há uma concorrência interna, gerando violências que terão consequências humanitárias nas áreas onde essas organizações operam", explica. O homem conhecido como Otoniel depois de ser capturado pelas Forças Armadas da Colômbia, em 24 de outubro PolÃcia da Comômbia/Via AFP Clã do Golfo: presente em mais de 300 cidade da Colômbia Nascido em uma famÃlia de camponeses do noroeste da Colômbia, "Otoniel" foi guerrilheiro e paramilitar antes de se tornar o lÃder do Clã do Golfo: uma organização com cerca de 1.600 homens e presença em quase 300 municÃpios, segundo o centro de estudos independente Indepaz. Ele tinha 128 mandados de prisão por narcotráfico e recrutamento de menores na Colômbia, entre outros crimes. "Ele assassinou mais de 200 membros das forças públicas (...). Muitos soldados sofreram por conta desse assassino e seus amigos", detalhou Duque. "Era conhecido na região por procurar meninas de 12, 13, 14 anos. Intimidava as famÃlias e as extorquia para poder ter a virgindade de suas filhas", denunciou o presidente. Em cinco décadas de luta contra as drogas, apoiada pelos Estados Unidos, a Colômbia matou ou capturou vários chefes do narcotráfico, inclusive o barão da cocaÃna, Pablo Escobar, morto pelas forças colombianas em 1993. No entanto, o paÃs continua sendo o principal produtor de cocaÃna do mundo e os Estados Unidos, seu principal mercado consumidor. VÃdeos: Os mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias
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