Mesmo com ajuda humanitária, situação na Faixa de Gaza é catastrófica 37681c

Centros de distribuição da ONU foram saqueados pela população local, que tem o limitado a suprimentos básicos. Palestinos atacam um centro de abastecimento de ajuda istrado pela ONU em Deir al-Balah, em 28 de outubro de 2023. AFP Trinta e três caminhões entraram na Faixa de Gaza neste domingo (29) para ajudar as mais de duas milhões de pessoas que vivem no território que está sob o ataque das forças israelenses. Ainda assim, segundo os responsáveis por distribuir a ajuda humanitária, a assistência não é o suficiente para atender às necessidades da população local. Neste domingo, as comunicações foram restauradas para a maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza, depois que um bombardeio israelense descrito pelos residentes como o mais intenso da guerra interrompeu os serviços de telefone e internet na noite de sexta-feira (27). Exausta e com medo de que a sua ligação com o mundo possa cair a qualquer momento, a jornalista palestina Hind al-Khoudary, de 28 anos, disse que os ataques aéreos massivos dos últimos dias excederam tudo o que ela já tinha visto. “Foi uma loucura”, afirmou ela. Contatado pelo WhatsApp, o fotojornalista freelancer Ashraf Abu Amra, do norte de Gaza, disse que o pânico e a confusão o cercavam. “É quase impossível enviar esta mensagem”, disse ele. “Tudo o que quero transmitir é que a comunidade internacional deve intervir e salvar imediatamente o povo de Gaza da morte.” Saques a centros de abastecimento da ONU A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) informou que milhares de pessoas saquearam vários de seus centros de distribuição em busca de farinha ou artigos de higiene. "Este é um sinal preocupante de que a ordem civil está começando a desmoronar", advertiu a agência. A porta-voz da UNRWA, Juliette Touma, disse que a multidão invadiu quatro instalações no sábado. Ela disse que os armazéns não continham nenhum combustível. Um armazém continha 80 toneladas de alimentos, disse o Programa Mundial de Alimentos da ONU. Segundo a organização, pelo menos 40 caminhões com suprimentos são necessários diariamente para atender às necessidades alimentares. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e o presidente francês, Emmanuel Macron, insistiram na necessidade de um "apoio humanitário urgente em Gaza", informou o gabinete do premiê, após uma conversa entre os dois dirigentes. Em Rafah, no sul de Gaza, Etidal al Masri, moradora de Gaza, fazia fila com a esperança de poder comprar um pouco de pão. "Agora temos que fazer fila para conseguir pão, tomar banho e inclusive para dormir", afirmou ela. 2n4b21

Mesmo com ajuda humanitária, situação na Faixa de Gaza é catastrófica

Centros de distribuição da ONU foram saqueados pela população local, que tem o limitado a suprimentos básicos. Palestinos atacam um centro de abastecimento de ajuda istrado pela ONU em Deir al-Balah, em 28 de outubro de 2023. AFP Trinta e três caminhões entraram na Faixa de Gaza neste domingo (29) para ajudar as mais de duas milhões de pessoas que vivem no território que está sob o ataque das forças israelenses. Ainda assim, segundo os responsáveis por distribuir a ajuda humanitária, a assistência não é o suficiente para atender às necessidades da população local. Neste domingo, as comunicações foram restauradas para a maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza, depois que um bombardeio israelense descrito pelos residentes como o mais intenso da guerra interrompeu os serviços de telefone e internet na noite de sexta-feira (27). Exausta e com medo de que a sua ligação com o mundo possa cair a qualquer momento, a jornalista palestina Hind al-Khoudary, de 28 anos, disse que os ataques aéreos massivos dos últimos dias excederam tudo o que ela já tinha visto. “Foi uma loucura”, afirmou ela. Contatado pelo WhatsApp, o fotojornalista freelancer Ashraf Abu Amra, do norte de Gaza, disse que o pânico e a confusão o cercavam. “É quase impossível enviar esta mensagem”, disse ele. “Tudo o que quero transmitir é que a comunidade internacional deve intervir e salvar imediatamente o povo de Gaza da morte.” Saques a centros de abastecimento da ONU A Agência da ONU para os Refugiados Palestinos (UNRWA) informou que milhares de pessoas saquearam vários de seus centros de distribuição em busca de farinha ou artigos de higiene. "Este é um sinal preocupante de que a ordem civil está começando a desmoronar", advertiu a agência. A porta-voz da UNRWA, Juliette Touma, disse que a multidão invadiu quatro instalações no sábado. Ela disse que os armazéns não continham nenhum combustível. Um armazém continha 80 toneladas de alimentos, disse o Programa Mundial de Alimentos da ONU. Segundo a organização, pelo menos 40 caminhões com suprimentos são necessários diariamente para atender às necessidades alimentares. O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e o presidente francês, Emmanuel Macron, insistiram na necessidade de um "apoio humanitário urgente em Gaza", informou o gabinete do premiê, após uma conversa entre os dois dirigentes. Em Rafah, no sul de Gaza, Etidal al Masri, moradora de Gaza, fazia fila com a esperança de poder comprar um pouco de pão. "Agora temos que fazer fila para conseguir pão, tomar banho e inclusive para dormir", afirmou ela.