20 anos após o 11/9, a guerra invencÃvel no Afeganistão renova a sensação de derrota nos EUA 315g6a
Aniversário do maior atentado terrorista em solo americano coincide com o fracasso da polÃtica intervencionista e o 2º emirado do Talibã no paÃs. Imagem de 26 de setembro de 2001 do local conhecido como 'Marco Zero', 15 dias após a destruição do World Trade Center em Nova York nos atentados terroristas que mudaram o mundo U.S. Customs Service/Handout via Reuters O aniversário do maior ataque terrorista sofrido pelos Estados Unidos é celebrado pela primeira vez sem tropas americanas no Afeganistão e também com uma renovada sensação de derrota e vergonha pelo inÃcio, 20 anos depois, do segundo emirado do Talibã no paÃs. O massacre do 11 de setembro de 2001 levou o governo americano a invadir o Afeganistão para derrotar o regime fundamentalista islâmico que dava guarida à Al-Qaeda. Em um giro de 360 graus em duas décadas, os EUA estão fora do paÃs e o Talibã novamente no comando. à ilusório e simplista, contudo, acreditar que nada mudou. A guerra, que começou para caçar os lÃderes da rede terrorista e humilhou a superpotência do planeta, transformou-se em um confronto confuso e com novas vertentes -- a guerra global contra o terror. Entraram outros atores e objetivos. Arquitetou-se a invasão do Iraque, concretizada em 2003, sob a suspeita nunca comprovada de que o regime de Saddam Hussein tinha vÃnculos com a Al-Qaeda e desenvolvia armas de destruição em massa. Os EUA enveredaram pelo obscuro terreno de detenções arbitrárias, sequestros de suspeitos e tortura sistemática em prisões fora de seu território, em Abu Ghraib e Guantánamo. Perduraram a vigilância e a violação de privacidade, em prol da segurança nacional. A islamofobia se disseminou nos EUA e o antiamericanismo, nos paÃses do Oriente Médio. O espÃrito de união entre os americanos, que deu a George W. Bush 90% de aprovação logo após o 11 de Setembro, se dissipou. Calcado na doutrina neoconservadora, o governo estava imbuÃdo do conceito da construção de Estados-nações à sua imagem e semelhança. Encontrado em 2004 em um buraco, o ditador Saddam Hussein foi julgado por crimes contra a Humanidade e enforcado dois anos depois (veja no vÃdeo abaixo). Saddam Hussein é enforcado no Iraque O utópico argumento de que os EUA ocupavam o Afeganistão e o Iraque para libertar a população da tirania caiu por terra nos dois paÃses pela atuação de grupos insurgentes e pela rotina de massacres e atentados sangrentos contra civis. Um par de sapatos atirado por um jornalista contra Bush durante uma coletiva em Bagdá simbolizou a revolta contra a ocupação americana e o fracasso da polÃtica intervencionista. O presidente conseguiu se desviar dos objetos e seu agressor, apesar de preso, virou herói. O premiê do Iraque, Nuri al-Maliki, protege o presidente dos EUA, George W. Bush, de sapato arremessado por repórter iraquiano durante coletiva em Bagdá AFP Já Osama bin Laden, o objetivo inicial dos EUA para vingar a morte de três mil vÃtimas inocentes nos atentados de setembro de 2001, se manteve foragido por dez anos. Sua execução, em maio de 2011 em um complexo em Abbottabad, perto da capital paquistanesa, evidenciou também o jogo duplo do Paquistão com o governo americano, ao abrigar terroristas da al-Qaeda e seus aliados do Talibã. Osama bin Laden é morto por militares dos EUA A morte do lÃder da Al-Qaeda serviu também como ponto de inflexão para o cético Joe Biden, então vice-presidente de Barack Obama e defensor da retirada das tropas americanas de uma guerra invencÃvel no Afeganistão. A crença de que os EUA deveriam encerrar a era de operações militares para a reconstrução de nações se fortaleceu a ponto de ele aceitar, já empossado presidente, o malfadado acordo com o Talibã firmado pelo antecessor Donald Trump. A rápida ascensão do Talibã comprovou, em menos de um mês, a fragilidade do vultoso investimento em treinamento e ajuda americana ao governo afegão nas últimas duas décadas. Tal como entraram no Afeganistão, os EUA abandonaram o paÃs humilhados pelo terror. E agora as divisões internas partidárias não darão trégua a Biden. VEJA TAMBÃM: 'A América estava sob ataque': veja como Bush, FHC e outros receberam a notÃcia do 11 de Setembro Entenda como 'mentor' dos ataques do 11 de Setembro escapou por 8 anos do FBI Brasileiro que estava no World Trade Center relembra atentado 20 anos depois: 'Pessoas caÃram dos prédios' VÃDEOS: as últimas notÃcias internacionais 1a306s


Aniversário do maior atentado terrorista em solo americano coincide com o fracasso da polÃtica intervencionista e o 2º emirado do Talibã no paÃs. Imagem de 26 de setembro de 2001 do local conhecido como 'Marco Zero', 15 dias após a destruição do World Trade Center em Nova York nos atentados terroristas que mudaram o mundo U.S. Customs Service/Handout via Reuters O aniversário do maior ataque terrorista sofrido pelos Estados Unidos é celebrado pela primeira vez sem tropas americanas no Afeganistão e também com uma renovada sensação de derrota e vergonha pelo inÃcio, 20 anos depois, do segundo emirado do Talibã no paÃs. O massacre do 11 de setembro de 2001 levou o governo americano a invadir o Afeganistão para derrotar o regime fundamentalista islâmico que dava guarida à Al-Qaeda. Em um giro de 360 graus em duas décadas, os EUA estão fora do paÃs e o Talibã novamente no comando. à ilusório e simplista, contudo, acreditar que nada mudou. A guerra, que começou para caçar os lÃderes da rede terrorista e humilhou a superpotência do planeta, transformou-se em um confronto confuso e com novas vertentes -- a guerra global contra o terror. Entraram outros atores e objetivos. Arquitetou-se a invasão do Iraque, concretizada em 2003, sob a suspeita nunca comprovada de que o regime de Saddam Hussein tinha vÃnculos com a Al-Qaeda e desenvolvia armas de destruição em massa. Os EUA enveredaram pelo obscuro terreno de detenções arbitrárias, sequestros de suspeitos e tortura sistemática em prisões fora de seu território, em Abu Ghraib e Guantánamo. Perduraram a vigilância e a violação de privacidade, em prol da segurança nacional. A islamofobia se disseminou nos EUA e o antiamericanismo, nos paÃses do Oriente Médio. O espÃrito de união entre os americanos, que deu a George W. Bush 90% de aprovação logo após o 11 de Setembro, se dissipou. Calcado na doutrina neoconservadora, o governo estava imbuÃdo do conceito da construção de Estados-nações à sua imagem e semelhança. Encontrado em 2004 em um buraco, o ditador Saddam Hussein foi julgado por crimes contra a Humanidade e enforcado dois anos depois (veja no vÃdeo abaixo). Saddam Hussein é enforcado no Iraque O utópico argumento de que os EUA ocupavam o Afeganistão e o Iraque para libertar a população da tirania caiu por terra nos dois paÃses pela atuação de grupos insurgentes e pela rotina de massacres e atentados sangrentos contra civis. Um par de sapatos atirado por um jornalista contra Bush durante uma coletiva em Bagdá simbolizou a revolta contra a ocupação americana e o fracasso da polÃtica intervencionista. O presidente conseguiu se desviar dos objetos e seu agressor, apesar de preso, virou herói. O premiê do Iraque, Nuri al-Maliki, protege o presidente dos EUA, George W. Bush, de sapato arremessado por repórter iraquiano durante coletiva em Bagdá AFP Já Osama bin Laden, o objetivo inicial dos EUA para vingar a morte de três mil vÃtimas inocentes nos atentados de setembro de 2001, se manteve foragido por dez anos. Sua execução, em maio de 2011 em um complexo em Abbottabad, perto da capital paquistanesa, evidenciou também o jogo duplo do Paquistão com o governo americano, ao abrigar terroristas da al-Qaeda e seus aliados do Talibã. Osama bin Laden é morto por militares dos EUA A morte do lÃder da Al-Qaeda serviu também como ponto de inflexão para o cético Joe Biden, então vice-presidente de Barack Obama e defensor da retirada das tropas americanas de uma guerra invencÃvel no Afeganistão. A crença de que os EUA deveriam encerrar a era de operações militares para a reconstrução de nações se fortaleceu a ponto de ele aceitar, já empossado presidente, o malfadado acordo com o Talibã firmado pelo antecessor Donald Trump. A rápida ascensão do Talibã comprovou, em menos de um mês, a fragilidade do vultoso investimento em treinamento e ajuda americana ao governo afegão nas últimas duas décadas. Tal como entraram no Afeganistão, os EUA abandonaram o paÃs humilhados pelo terror. E agora as divisões internas partidárias não darão trégua a Biden. VEJA TAMBÃM: 'A América estava sob ataque': veja como Bush, FHC e outros receberam a notÃcia do 11 de Setembro Entenda como 'mentor' dos ataques do 11 de Setembro escapou por 8 anos do FBI Brasileiro que estava no World Trade Center relembra atentado 20 anos depois: 'Pessoas caÃram dos prédios' VÃDEOS: as últimas notÃcias internacionais
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