Vaca louca: como a suspensão das exportações à China poderia impactar a economia brasileira 46g23
Ministério da Agricultura confirmou dois casos atÃpicos da doença, em Minas Gerais e em Mato Grosso. Mal da vaca louca é confirmado no Brasil (imagem ilustrativa) Juliana Amorim/Unsplash/Divulgação Ainda é cedo para analisar os impactos que serão causados pela suspensão da exportação da carne bovina do Brasil para a China, anunciada neste sábado (4) após a confirmação de de casos do mal da vaca louca em frigorÃficos de Belo Horizonte e de Nova Canaã do Norte (MT). A afirmação é do doutor em economia pela Universitat Hohenheim-Alemanha e professor do Ibmec em Belo Horizonte, Paulo Pacheco. Isso porque ações sanitárias ligadas ao mercado externo podem mudar rapidamente. âSuspensões como estas são muito comuns no mercado internacional ainda mais quando se trata do mercado brasileiro, terceiro maior exportador de carne bovina do mundo. A China é o maior mercado internacional e muitas podem ser as consequências. Mas é preciso entender que tudo isso pode mudar rapidamenteâ, disse ele. Suspensão O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou os dois casos na manhã deste sábado. De acordo com a pasta, após a confirmação, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi notificada oficialmente. No caso da China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o paÃs e o Brasil, ficam suspensas temporariamente as exportações de carne bovina. âA medida, que a a valer a partir deste sábado (4), se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já readas sobre os casosâ, afirmou em nota. Os dois casos confirmados neste sábado foram detectados em vacas de descarte que apresentavam idade avançada. âEstes são o quarto e quinto casos de EEB [Encefalopatia Espongiforme Bovina] atÃpica registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença. O Brasil nunca registrou a ocorrência de caso de EEB clássicaâ informou o ministério. Suspeita de vaca louca em Minas afeta mercado da carne no paÃs Governo de MG monitora suspeita de 'vaca louca': 'Preocupação muito grande', diz Zema Vaca louca: relembre a doença que ficou conhecida nos anos 80 e 90, após surto no Reino Unido Veja os dois tipos da doença que acomete humanos Editoria de Arte/G1 Queda do preço A tendência é que o preço da carne sofra uma queda por causa desta suspensão. Porém, isto não significa que o consumidor brasileiro irá sentir alÃvio no bolso quando for ao açougue. âà preciso observar a movimentação de outros mercados internacionais, como a União europeia. Se ela seguir a China, aÃ, muita carne será desviada para mercados menores e para o mercado interno. Daà este impacto chegar ao consumidor brasileiro vai depender de tempo e também da confiança. Já que trata-se de um problema sanitárioâ, disse o economista. China: maior mercado comprador De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a China segue como principal destino da carne brasileira. No mês de julho, o volume total de exportação foi de 91.144 toneladas, com crescimento de 11,2%. "As receitas tiveram alta de 19,1% somaram US$ 525,5 milhões. Quando se observa o perÃodo de janeiro a julho de 2021, os embarques para a China já somam 490 mil toneladas e receitas de US$ 2,493 bilhões, crescimento de 8,6% e 13,8%, respectivamente, no comparativo com o mesmo perÃodo de 2020", disse a Abiec. Para Paulo Pacheco, ainda é muito prematuro avaliar o impacto na balança das exportações com a suspensão. âO produtor brasileiro tem experiência em lidar com este tipo de situação e consegue remanejar a produção com rapidez. Tem que se observar quanto tempo esta suspensão vai continuar assimâ, disse ele. Queda na atividade dos frigorÃficos O caso registrado em Belo Horizonte acentuou a queda da atividade dos frigorÃficos brasileiros, de acordo com a associação que representa o setor. "A notÃcia da vaca louca veio neste momento em que a ociosidade nos frigorÃficos que trabalham somente com o mercado interno é bastante elevada e serviu para diminuir ainda mais o negócio de aquisição de bois diariamente", disse a Associação Brasileira de FrigorÃficos (Abrafrigo) em nota enviada nesta sexta-feira (3). Especulação Com a divulgação da suspeita do mal da vaca louca na quarta-feira (1°), o mercado futuro do boi gordo derreteu na bolsa de valores no dia seguinte. O contrato para outubro recuou 4,38%, fechando o dia cotando a arroba em R$ 296,95 segundo a casa de análises de investimento em ativos agropecuários, Agrifatto. As exportações de carne bovina in natura tinha encerrado agosto com 181,61 mil toneladas enviadas para fora do PaÃs e mais de US$ 1 bilhão arrecadados, um recorde. Agora, o mercado está em como de espera e também já sofre cenário de especulação. âJá na sexta-feira, a gente começou a ver especulações no mercado do boi gordo. Esta tendência deve se manter porque a questão sanitária gera expectativaâ, disse Pacheco. O que dizem os produtores A Associação dos Criadores de Mato Grosso Sul (Acrissul) 3m164s


Ministério da Agricultura confirmou dois casos atÃpicos da doença, em Minas Gerais e em Mato Grosso. Mal da vaca louca é confirmado no Brasil (imagem ilustrativa) Juliana Amorim/Unsplash/Divulgação Ainda é cedo para analisar os impactos que serão causados pela suspensão da exportação da carne bovina do Brasil para a China, anunciada neste sábado (4) após a confirmação de de casos do mal da vaca louca em frigorÃficos de Belo Horizonte e de Nova Canaã do Norte (MT). A afirmação é do doutor em economia pela Universitat Hohenheim-Alemanha e professor do Ibmec em Belo Horizonte, Paulo Pacheco. Isso porque ações sanitárias ligadas ao mercado externo podem mudar rapidamente. âSuspensões como estas são muito comuns no mercado internacional ainda mais quando se trata do mercado brasileiro, terceiro maior exportador de carne bovina do mundo. A China é o maior mercado internacional e muitas podem ser as consequências. Mas é preciso entender que tudo isso pode mudar rapidamenteâ, disse ele. Suspensão O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou os dois casos na manhã deste sábado. De acordo com a pasta, após a confirmação, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi notificada oficialmente. No caso da China, em cumprimento ao protocolo sanitário firmado entre o paÃs e o Brasil, ficam suspensas temporariamente as exportações de carne bovina. âA medida, que a a valer a partir deste sábado (4), se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já readas sobre os casosâ, afirmou em nota. Os dois casos confirmados neste sábado foram detectados em vacas de descarte que apresentavam idade avançada. âEstes são o quarto e quinto casos de EEB [Encefalopatia Espongiforme Bovina] atÃpica registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença. O Brasil nunca registrou a ocorrência de caso de EEB clássicaâ informou o ministério. Suspeita de vaca louca em Minas afeta mercado da carne no paÃs Governo de MG monitora suspeita de 'vaca louca': 'Preocupação muito grande', diz Zema Vaca louca: relembre a doença que ficou conhecida nos anos 80 e 90, após surto no Reino Unido Veja os dois tipos da doença que acomete humanos Editoria de Arte/G1 Queda do preço A tendência é que o preço da carne sofra uma queda por causa desta suspensão. Porém, isto não significa que o consumidor brasileiro irá sentir alÃvio no bolso quando for ao açougue. âà preciso observar a movimentação de outros mercados internacionais, como a União europeia. Se ela seguir a China, aÃ, muita carne será desviada para mercados menores e para o mercado interno. Daà este impacto chegar ao consumidor brasileiro vai depender de tempo e também da confiança. Já que trata-se de um problema sanitárioâ, disse o economista. China: maior mercado comprador De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a China segue como principal destino da carne brasileira. No mês de julho, o volume total de exportação foi de 91.144 toneladas, com crescimento de 11,2%. "As receitas tiveram alta de 19,1% somaram US$ 525,5 milhões. Quando se observa o perÃodo de janeiro a julho de 2021, os embarques para a China já somam 490 mil toneladas e receitas de US$ 2,493 bilhões, crescimento de 8,6% e 13,8%, respectivamente, no comparativo com o mesmo perÃodo de 2020", disse a Abiec. Para Paulo Pacheco, ainda é muito prematuro avaliar o impacto na balança das exportações com a suspensão. âO produtor brasileiro tem experiência em lidar com este tipo de situação e consegue remanejar a produção com rapidez. Tem que se observar quanto tempo esta suspensão vai continuar assimâ, disse ele. Queda na atividade dos frigorÃficos O caso registrado em Belo Horizonte acentuou a queda da atividade dos frigorÃficos brasileiros, de acordo com a associação que representa o setor. "A notÃcia da vaca louca veio neste momento em que a ociosidade nos frigorÃficos que trabalham somente com o mercado interno é bastante elevada e serviu para diminuir ainda mais o negócio de aquisição de bois diariamente", disse a Associação Brasileira de FrigorÃficos (Abrafrigo) em nota enviada nesta sexta-feira (3). Especulação Com a divulgação da suspeita do mal da vaca louca na quarta-feira (1°), o mercado futuro do boi gordo derreteu na bolsa de valores no dia seguinte. O contrato para outubro recuou 4,38%, fechando o dia cotando a arroba em R$ 296,95 segundo a casa de análises de investimento em ativos agropecuários, Agrifatto. As exportações de carne bovina in natura tinha encerrado agosto com 181,61 mil toneladas enviadas para fora do PaÃs e mais de US$ 1 bilhão arrecadados, um recorde. Agora, o mercado está em como de espera e também já sofre cenário de especulação. âJá na sexta-feira, a gente começou a ver especulações no mercado do boi gordo. Esta tendência deve se manter porque a questão sanitária gera expectativaâ, disse Pacheco. O que dizem os produtores A Associação dos Criadores de Mato Grosso Sul (Acrissul) publicou em seu site a nota da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que confirma os dois casos de mal da vaca louca. Porém, não se manifestou sobre o caso. A Abiec também fez o mesmo. Ninguém da Associação Brasileira de FrigorÃficos (Abrafrigo) foi encontrado para falar sobre o assunto. A Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) ainda não se posicionou oficialmente. Já o Superintendente técnico da Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Altino Rodrigues Neto, não há razão para alarde. âO resultado foi esperado. à uma ação correiqueira. Faz a coleta todo dia, manda para o laboratório, faz a contraprova, gerou toda uma expectativa que altera mercado, preocupa o consumidor, mas agora estamos tranquilosâ, disse ele. Os vÃdeos mais vistos do G1 MG:
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