Pela primeira vez, Ãndice de alunos de 6 a 14 anos no ensino fundamental fica abaixo da meta no Brasil, mostra Pnad 3y461u
Desde a pandemia, após o fechamento das escolas por um perÃodo prolongado, número de alunos de 6 a 14 anos com atraso escolar vem aumentando. Sala de aula de escola no Maranhão Divulgação/Governo do Maranhão Os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de DomicÃlios ContÃnua) Educação, divulgados nesta sexta-feira (22), mostram que o Brasil retrocedeu em um aspecto importante da escolarização de crianças e jovens: pela primeira vez desde 2016, o Ãndice de alunos de 6 a 14 anos matriculados no ensino fundamental ficou abaixo da meta prevista para o paÃs. âž¡ï¸O levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica) afirma que, em 2023, 94,6% dos estudantes dessa faixa etária estavam na escola na etapa correta para a idade. O PNE (Plano Nacional de Educação), no entanto, estabelece o objetivo de manter um patamar mÃnimo de 95% até 2024. Isso significa que, seja por evasão, abandono escolar durante um perÃodo ou reprovação, alunos estão: atrasados, ainda na pré-escola (caso de 4,8% do total de brasileiros de 6 a 14 anos); ou fora das instituições de ensino (0,4%). "Esses números preocupam. Temos agora muito mais crianças que deveriam estar no ensino fundamental e ainda estão na pré-escola. Acreditamos que isso ainda é efeito da pandemia, de crianças que não tiveram educação infantil com as escolas fechadas por dois anos e, quando tudo normalizou, começaram atrasadas a trajetória escolar", afirma Gabriel Corrêa, diretor de polÃticas públicas da ONG Todos Pela Educação. âž¡ï¸Os microdados da Pnad mostram que, em 2019, 11% das crianças de 6 anos (que, pela idade, deveriam estar no ensino fundamental) ainda estudavam na pré-escola. Em 2023, o Ãndice saltou para 29%. Fechamento das escolas na pandemia levou a maior atraso De fato, como disse o especialista acima, o "tombo" foi ainda maior após a Covid-19: segundo a Pnad, o Ãndice (chamado de "frequência escolar lÃquida") caiu de 97,1% em 2019 para 95,2% em 2022. Em 2020 e 2021, por questões sanitárias, não houve coleta de dados. Veja o gráfico abaixo: Censo Escolar já havia mostrado distorção idade-série O Censo Escolar 2023, divulgado em fevereiro deste ano, mostrou que: ????â€????Em 2023, no 6º ano do ensino fundamental, 15,8% dos estudantes não tinham a idade adequada (porque foram reprovados, por exemplo, ou porque abandonaram o colégio em algum perÃodo). Na ocasião, especialistas já haviam explicado que esse é mais um fator que pode aumentar o risco de, futuramente, o jovem interromper os estudos. Jovens sem estudar e sem trabalhar, analfabetismo... veja outros destaques da Pnad âœï¸GERAÇÃO 'NEM-NEM': Entre os jovens de 15 a 29 anos, 9,6 milhões estavam sem estudar e sem trabalhar. O número equivale a 19,8% da população nessa faixa etária. âœï¸ANALFABETISMO: Segundo o IBGE, 9,3 milhões de pessoas com 15 anos ou mais eram analfabetas em 2023 (5,4%). Dessas, 5,1 milhões (54,7%) viviam na região Nordeste. âœï¸JOVENS NA ESCOLA: O percentual de pessoas de 25 anos ou mais com o ensino médio completo ou de 29,9% em 2022 para 30,6% em 2023. âœï¸O DESAFIO DA CRECHE: Entre as crianças de 0 a 3 anos, a taxa de escolarização foi de 38,7%. Houve um crescimento de 2,7 pontos percentuais se comparado com 2022, quando 36% das crianças da faixa etária estavam na creche. Embora essa etapa escolar não seja obrigatória, a meta do PNE é chegar a 50% até 2024. VÃdeos 28402w
Paulo Afonso Tavares
Mar 25, 2024
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Desde a pandemia, após o fechamento das escolas por um perÃodo prolongado, número de alunos de 6 a 14 anos com atraso escolar vem aumentando. Sala de aula de escola no Maranhão Divulgação/Governo do Maranhão Os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de DomicÃlios ContÃnua) Educação, divulgados nesta sexta-feira (22), mostram que o Brasil retrocedeu em um aspecto importante da escolarização de crianças e jovens: pela primeira vez desde 2016, o Ãndice de alunos de 6 a 14 anos matriculados no ensino fundamental ficou abaixo da meta prevista para o paÃs. âž¡ï¸O levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica) afirma que, em 2023, 94,6% dos estudantes dessa faixa etária estavam na escola na etapa correta para a idade. O PNE (Plano Nacional de Educação), no entanto, estabelece o objetivo de manter um patamar mÃnimo de 95% até 2024. Isso significa que, seja por evasão, abandono escolar durante um perÃodo ou reprovação, alunos estão: atrasados, ainda na pré-escola (caso de 4,8% do total de brasileiros de 6 a 14 anos); ou fora das instituições de ensino (0,4%). "Esses números preocupam. Temos agora muito mais crianças que deveriam estar no ensino fundamental e ainda estão na pré-escola. Acreditamos que isso ainda é efeito da pandemia, de crianças que não tiveram educação infantil com as escolas fechadas por dois anos e, quando tudo normalizou, começaram atrasadas a trajetória escolar", afirma Gabriel Corrêa, diretor de polÃticas públicas da ONG Todos Pela Educação. âž¡ï¸Os microdados da Pnad mostram que, em 2019, 11% das crianças de 6 anos (que, pela idade, deveriam estar no ensino fundamental) ainda estudavam na pré-escola. Em 2023, o Ãndice saltou para 29%. Fechamento das escolas na pandemia levou a maior atraso De fato, como disse o especialista acima, o "tombo" foi ainda maior após a Covid-19: segundo a Pnad, o Ãndice (chamado de "frequência escolar lÃquida") caiu de 97,1% em 2019 para 95,2% em 2022. Em 2020 e 2021, por questões sanitárias, não houve coleta de dados. Veja o gráfico abaixo: Censo Escolar já havia mostrado distorção idade-série O Censo Escolar 2023, divulgado em fevereiro deste ano, mostrou que: ????â€????Em 2023, no 6º ano do ensino fundamental, 15,8% dos estudantes não tinham a idade adequada (porque foram reprovados, por exemplo, ou porque abandonaram o colégio em algum perÃodo). Na ocasião, especialistas já haviam explicado que esse é mais um fator que pode aumentar o risco de, futuramente, o jovem interromper os estudos. Jovens sem estudar e sem trabalhar, analfabetismo... veja outros destaques da Pnad âœï¸GERAÇÃO 'NEM-NEM': Entre os jovens de 15 a 29 anos, 9,6 milhões estavam sem estudar e sem trabalhar. O número equivale a 19,8% da população nessa faixa etária. âœï¸ANALFABETISMO: Segundo o IBGE, 9,3 milhões de pessoas com 15 anos ou mais eram analfabetas em 2023 (5,4%). Dessas, 5,1 milhões (54,7%) viviam na região Nordeste. âœï¸JOVENS NA ESCOLA: O percentual de pessoas de 25 anos ou mais com o ensino médio completo ou de 29,9% em 2022 para 30,6% em 2023. âœï¸O DESAFIO DA CRECHE: Entre as crianças de 0 a 3 anos, a taxa de escolarização foi de 38,7%. Houve um crescimento de 2,7 pontos percentuais se comparado com 2022, quando 36% das crianças da faixa etária estavam na creche. Embora essa etapa escolar não seja obrigatória, a meta do PNE é chegar a 50% até 2024. VÃdeos
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