Líder separatista que declarou independência da Catalunha em 2017 é detido na Itália 4s5l1s
Carles Puigdemont era presidente do governo regional catalão durante a declaração de independência frustrada de 2017. Ele vive na Bélgica e foi preso ao viajar para a Sardenha. Ex-líder catalão Carles Puigdemont mostra crachá do Parlamento Europeu em Bruxelas em 20 de dezembro de 2019 Johanna Geron/Reuters Carles Puigdemont, que foi presidente do governo regional da Catalunha durante a declaração de independência frustrada de 2017, foi detido na ilha italiana da Sardenha na quinta-feira (23), após quatro anos foragido da justiça espanhola. "O presidente Puigdemont foi detido em sua chegada à Sardenha, onde estava como eurodeputado", anunciou seu advogado, Gonzalo Boye, em uma rede social. Boye disse que a detenção na Itália ocorreu em cumprimento a uma ordem judicial europeia de 14 de outubro de 2019. Puigdemont é atualmente deputado do Parlamento europeu. Ele está morando desde 2017 em Bruxelas, na Bélgica, e viajou a Alguer, na Sardenha, para participar de um festival de cultura catalão, segundo o encarregado de seu gabinete, Josep Lluis Alay. "Quando chegou ao aeroporto de Alguer, foi retido pela polícia fronteiriça italiana", explicou Alay nas redes sociais. "O presidente será colocado à disposição dos juízes da corte de apelação de Sassari, que é competente para decidir por sua libertação ou extradição". Repercussão da prisão O governo da Espanha, que iniciou um processo de diálogo com o governo regional catalão, se limitou a comentar que a detenção "obedece a um procedimento judicial em curso, aplicado a qualquer cidadão na União Europeia que deve responder por seus atos". O governo do socialista Pedro Sánchez afirmou que "respeita as decisões das autoridades e tribunais italianos, assim como sempre fez com os tribunais espanhóis e europeus". Após a prisão, separatistas catalães protestaram em frente ao consulado italiano em Barcelona (veja na imagem abaixo). Um outro líder separatista, Quim Torra, pediu a seus correligionários que "ficassem em alerta máximo". Mulher segura papelão cortado com a imagem do ex-líder catalão Carles Puigdemont, durante protesto contra a sua prisão, em frente ao consulado italiano em Barcelona, na Espanha, em 24 de setembro de 2021 Joan Mateu/AP Tentativa de independência frustrada Puigdemont, de 58 anos, chegou inesperadamente à presidência do governo regional catalão em 2016, após a renúncia de Artur Mas e sem ocupar cargos de liderança. Ele liderou um movimento separatista em 2017 que causou uma crise institucional na Espanha. O político proclamou a independência da Catalunha e na sequência suspendeu a decisão para negociar com o governo espanhol. Mas o então governo espanhol, do primeiro-ministro Mariano Rajoy se recusou a dialogar e interveio na istração regional, convocando eleições autônomas e invalidando a tentativa de independência (relembre a polêmica no vídeo abaixo). Catalunha declara independência e Espanha dissolve governo catalão Sem imunidade parlamentar Puigdemont não cumpriu uma decisão da justiça espanhola, para que voltasse ao país, foi eleito eurodeputado e se estabeleceu em Bruxelas, na Bélgica. Seus companheiros de governo foram julgados e condenados, como o então vice-presidente Oriol Junqueras. O político chegou a ser sentenciado a 13 anos de prisão, mas recebeu indulto do governo espanhol neste ano (assim como os demais indiciados). Enquanto eurodeputado, Puigdemont deveria gozar de imunidade parlamentar, mas o Tribunal Geral da União Europeia decidiu no fim de julho que ele não tinha esse direito e manteve a suspensão da sua imunidade. Puigdemont é acusado na justiça espanhola de sedição e malversação de recursos, devido à tentativa de independência da Catalunha em 2017, e há um pedido de extradição contra o político. VÍDEOS: as últimas notícias internacionais 466p9


Carles Puigdemont era presidente do governo regional catalão durante a declaração de independência frustrada de 2017. Ele vive na Bélgica e foi preso ao viajar para a Sardenha. Ex-líder catalão Carles Puigdemont mostra crachá do Parlamento Europeu em Bruxelas em 20 de dezembro de 2019 Johanna Geron/Reuters Carles Puigdemont, que foi presidente do governo regional da Catalunha durante a declaração de independência frustrada de 2017, foi detido na ilha italiana da Sardenha na quinta-feira (23), após quatro anos foragido da justiça espanhola. "O presidente Puigdemont foi detido em sua chegada à Sardenha, onde estava como eurodeputado", anunciou seu advogado, Gonzalo Boye, em uma rede social. Boye disse que a detenção na Itália ocorreu em cumprimento a uma ordem judicial europeia de 14 de outubro de 2019. Puigdemont é atualmente deputado do Parlamento europeu. Ele está morando desde 2017 em Bruxelas, na Bélgica, e viajou a Alguer, na Sardenha, para participar de um festival de cultura catalão, segundo o encarregado de seu gabinete, Josep Lluis Alay. "Quando chegou ao aeroporto de Alguer, foi retido pela polícia fronteiriça italiana", explicou Alay nas redes sociais. "O presidente será colocado à disposição dos juízes da corte de apelação de Sassari, que é competente para decidir por sua libertação ou extradição". Repercussão da prisão O governo da Espanha, que iniciou um processo de diálogo com o governo regional catalão, se limitou a comentar que a detenção "obedece a um procedimento judicial em curso, aplicado a qualquer cidadão na União Europeia que deve responder por seus atos". O governo do socialista Pedro Sánchez afirmou que "respeita as decisões das autoridades e tribunais italianos, assim como sempre fez com os tribunais espanhóis e europeus". Após a prisão, separatistas catalães protestaram em frente ao consulado italiano em Barcelona (veja na imagem abaixo). Um outro líder separatista, Quim Torra, pediu a seus correligionários que "ficassem em alerta máximo". Mulher segura papelão cortado com a imagem do ex-líder catalão Carles Puigdemont, durante protesto contra a sua prisão, em frente ao consulado italiano em Barcelona, na Espanha, em 24 de setembro de 2021 Joan Mateu/AP Tentativa de independência frustrada Puigdemont, de 58 anos, chegou inesperadamente à presidência do governo regional catalão em 2016, após a renúncia de Artur Mas e sem ocupar cargos de liderança. Ele liderou um movimento separatista em 2017 que causou uma crise institucional na Espanha. O político proclamou a independência da Catalunha e na sequência suspendeu a decisão para negociar com o governo espanhol. Mas o então governo espanhol, do primeiro-ministro Mariano Rajoy se recusou a dialogar e interveio na istração regional, convocando eleições autônomas e invalidando a tentativa de independência (relembre a polêmica no vídeo abaixo). Catalunha declara independência e Espanha dissolve governo catalão Sem imunidade parlamentar Puigdemont não cumpriu uma decisão da justiça espanhola, para que voltasse ao país, foi eleito eurodeputado e se estabeleceu em Bruxelas, na Bélgica. Seus companheiros de governo foram julgados e condenados, como o então vice-presidente Oriol Junqueras. O político chegou a ser sentenciado a 13 anos de prisão, mas recebeu indulto do governo espanhol neste ano (assim como os demais indiciados). Enquanto eurodeputado, Puigdemont deveria gozar de imunidade parlamentar, mas o Tribunal Geral da União Europeia decidiu no fim de julho que ele não tinha esse direito e manteve a suspensão da sua imunidade. Puigdemont é acusado na justiça espanhola de sedição e malversação de recursos, devido à tentativa de independência da Catalunha em 2017, e há um pedido de extradição contra o político. VÍDEOS: as últimas notícias internacionais
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