Fiesp divulga manifesto por harmonia entre Poderes sem citar ataques de Bolsonaro ao Supremo 1hc37
Intitulado "A Praça é dos Três Poderes", manifesto não menciona os recorrentes ataques do presidente a ministros do STF. Documento, que não é assinado pela Febraban, afirma, apenas, que as 247 entidades da sociedade civil "veem com grande preocupação a escalada da tensão entre as autoridades públicas." Fiesp divulga documento sem citar ataques de Bolsonaro a ministros do STF Reprodução/Fiesp A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) publicou nesta sexta-feira (10) um manifesto em que defende a harmonia entre os Poderes, sem se dirigir especificamente a nenhum deles. O documento foi divulgado nos principais jornais do paÃs e no site da Fiesp. âA representação arquitetônica da Praça dos Três Poderes expressa a independência e a harmonia entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciárioâ, diz o texto, que não conta com a da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Intitulado "A Praça é dos Três Poderes", o manifesto não menciona os recorrentes ataques do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF). Afirma, apenas, que as 247 entidades da sociedade civil que assinam o documento "veem com grande preocupação a escalada da tensão entre as autoridades públicas." Adiamento e mudança de versão O manifesto estava previsto para ser publicado no dia 31 de agosto, mas foi adiado para depois das manifestações de 7 de setembro pelo presidente da Federação, Paulo Skaf, após pressão de entidades empresariais e de aliados do governo Bolsonaro, conforme informou o blog da Julia Duailibi à época. Segundo assessores presidenciais, uma das versões do manifesto trazia recados claros na direção do presidente Jair Bolsonaro. A informação chegou ao Palácio do Planalto por meio do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que sugeriu que a Caixa e o Banco do Brasil deixassem a Febraban se o manifesto fosse divulgado com a da entidade - o que não ocorreu. A versão final, divulgada nesta sexta (10), sofreu algumas modificações do texto original. Foi retirada a parte em que era pedido respeito à Constituição e citava a necessidade de "reduzir as carências sociais que atingem amplos segmentos da população". Ataques ao STF e recuo Em ato polÃtico na última terça-feira (7), em São Paulo, Bolsonaro afirmou que não mais cumpriria decisões do ministro Alexandre de Moraes. "Dizer a vocês que, qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, este presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou, ele tem tempo ainda de pedir o seu boné e ir cuidar da sua vida. Ele, para nós, não existe mais", declarou Bolsonaro a um público de apoiadores. O presidente da República chegou a fazer uma ameaça ao presidente do STF, ministro Luiz Fux: "Ou o chefe desse poder enquadra o seu [Alexandre de Moraes] ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos". A Fiesp publicou o documento horas depois de Bolsonaro recuar e divulgar, nesta quinta-feira (9), um texto intitulado "Declaração à Nação", no qual afirma que nunca teve "intenção de agredir quaisquer dos poderes". Veja a Ãntegra no manifesto divulgado pela Fiesp: A representação arquitetônica da Praça dos Três Poderes expressa a independência e a harmonia entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Essa é a essência da República. O espaço foi construÃdo formando um triângulo equilátero. Os vértices são os edifÃcios-sede de cada um dos Poderes. Essa disposição deixa claro que nenhum dos prédios é superior em importância, nenhum invade o limite dos outros, um não pode prescindir dos demais. Em resumo, a harmonia entre eles tem de ser a regra. Esse princÃpio está presente de forma clara na Constituição Federal, pilar do ordenamento jurÃdico do paÃs. Diante disso, é primordial que todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam o que a Constituição impõe. As entidades da sociedade civil que assinam este manifesto veem com grande preocupação a escalada da tensão entre as autoridades públicas. O momento exige de todos serenidade, diálogo, pacificação polÃtica, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer de forma sustentada e continue a gerar empregos. Esta mensagem não se dirige a nenhum dos Poderes especificamente, mas a todos simultaneamente, pois a responsabilidade é conjunta. Mais do que nunca o momento exige aproximação e cooperação entre Legislativo, Executivo e Judiciário. à preciso que cada um atue com responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna. Esse é o anseio da Nação brasileira. VÃDEOS: Veja mais notÃcias sobre São Paulo e região: 2nr52


Intitulado "A Praça é dos Três Poderes", manifesto não menciona os recorrentes ataques do presidente a ministros do STF. Documento, que não é assinado pela Febraban, afirma, apenas, que as 247 entidades da sociedade civil "veem com grande preocupação a escalada da tensão entre as autoridades públicas." Fiesp divulga documento sem citar ataques de Bolsonaro a ministros do STF Reprodução/Fiesp A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) publicou nesta sexta-feira (10) um manifesto em que defende a harmonia entre os Poderes, sem se dirigir especificamente a nenhum deles. O documento foi divulgado nos principais jornais do paÃs e no site da Fiesp. âA representação arquitetônica da Praça dos Três Poderes expressa a independência e a harmonia entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciárioâ, diz o texto, que não conta com a da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Intitulado "A Praça é dos Três Poderes", o manifesto não menciona os recorrentes ataques do presidente Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF). Afirma, apenas, que as 247 entidades da sociedade civil que assinam o documento "veem com grande preocupação a escalada da tensão entre as autoridades públicas." Adiamento e mudança de versão O manifesto estava previsto para ser publicado no dia 31 de agosto, mas foi adiado para depois das manifestações de 7 de setembro pelo presidente da Federação, Paulo Skaf, após pressão de entidades empresariais e de aliados do governo Bolsonaro, conforme informou o blog da Julia Duailibi à época. Segundo assessores presidenciais, uma das versões do manifesto trazia recados claros na direção do presidente Jair Bolsonaro. A informação chegou ao Palácio do Planalto por meio do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que sugeriu que a Caixa e o Banco do Brasil deixassem a Febraban se o manifesto fosse divulgado com a da entidade - o que não ocorreu. A versão final, divulgada nesta sexta (10), sofreu algumas modificações do texto original. Foi retirada a parte em que era pedido respeito à Constituição e citava a necessidade de "reduzir as carências sociais que atingem amplos segmentos da população". Ataques ao STF e recuo Em ato polÃtico na última terça-feira (7), em São Paulo, Bolsonaro afirmou que não mais cumpriria decisões do ministro Alexandre de Moraes. "Dizer a vocês que, qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, este presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou, ele tem tempo ainda de pedir o seu boné e ir cuidar da sua vida. Ele, para nós, não existe mais", declarou Bolsonaro a um público de apoiadores. O presidente da República chegou a fazer uma ameaça ao presidente do STF, ministro Luiz Fux: "Ou o chefe desse poder enquadra o seu [Alexandre de Moraes] ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos". A Fiesp publicou o documento horas depois de Bolsonaro recuar e divulgar, nesta quinta-feira (9), um texto intitulado "Declaração à Nação", no qual afirma que nunca teve "intenção de agredir quaisquer dos poderes". Veja a Ãntegra no manifesto divulgado pela Fiesp: A representação arquitetônica da Praça dos Três Poderes expressa a independência e a harmonia entre o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Essa é a essência da República. O espaço foi construÃdo formando um triângulo equilátero. Os vértices são os edifÃcios-sede de cada um dos Poderes. Essa disposição deixa claro que nenhum dos prédios é superior em importância, nenhum invade o limite dos outros, um não pode prescindir dos demais. Em resumo, a harmonia entre eles tem de ser a regra. Esse princÃpio está presente de forma clara na Constituição Federal, pilar do ordenamento jurÃdico do paÃs. Diante disso, é primordial que todos os ocupantes de cargos relevantes da República sigam o que a Constituição impõe. As entidades da sociedade civil que assinam este manifesto veem com grande preocupação a escalada da tensão entre as autoridades públicas. O momento exige de todos serenidade, diálogo, pacificação polÃtica, estabilidade institucional e, sobretudo, foco em ações e medidas urgentes e necessárias para que o Brasil supere a pandemia, volte a crescer de forma sustentada e continue a gerar empregos. Esta mensagem não se dirige a nenhum dos Poderes especificamente, mas a todos simultaneamente, pois a responsabilidade é conjunta. Mais do que nunca o momento exige aproximação e cooperação entre Legislativo, Executivo e Judiciário. à preciso que cada um atue com responsabilidade nos limites de sua competência, obedecidos os preceitos estabelecidos em nossa Carta Magna. Esse é o anseio da Nação brasileira. VÃDEOS: Veja mais notÃcias sobre São Paulo e região:
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