Embaixada do Brasil no Haiti avalia como dar assistência a menores brasileiros deportados dos EUA 6e95z
Itamaraty informou que foi comunicado sobre a existência dos menores por Organização Internacional para as Migrações. Pais são haitianos, mas crianças, maioria com até três anos de idade, nasceram no Brasil. Haitianos que foram deportados dos Estados Unidos chegam ao Aeroporto Internacional Toussaint Louverture, em Porto Príncipe, no Haiti, no dia 19 de setembro AP Photo/Rodrigo Abd O governo brasileiro avalia a melhor forma de dar assistência às trinta crianças com cidadania brasileira que foram deportadas pelos Estados Unidos para o Haiti em meio à grave crise de migração que levou cerca de 15 mil haitianos à cidade texana de Del Rio, na fronteira com o México, nos últimos dias. Procurado pelo g1, o Itamaraty diz que foi comunicado pelo Escritório da Organização Internacional para as Migrações (OIM) no Haiti sobre a existência desses menores com aporte brasileiro dentre os milhares de haitianos que recentemente foram deportados. “A Embaixada do Brasil em Porto Príncipe está em contato com a OIM, com vistas a analisar a situação desses menores e de seus responsáveis legais, todos cidadãos haitianos, a fim de prestar-lhes a assistência cabível”, afirma ainda a resposta do Itamaraty. As crianças brasileiras têm, em sua maioria, até três anos de idade e estavam acompanhadas pelos pais haitianos, com quem fizeram a jornada para sair do Brasil e atravessar as Américas do Sul e Central até chegar à divisa entre México e EUA há pouco mais de uma semana, segundo informou matéria da BBC. Além dos 30 menores de idade brasileiros deportados, 182 crianças chilenas estão na mesma condição. Segundo a Constituição Federal, por terem nascido em território do Brasil, mesmo que de pais estrangeiros, os filhos dos haitianos são também considerados brasileiros natos. E por isso eles detinham apenas documentação brasileira ao serem encontrados e deportados pelos americanos. Migração A partir de 2010, quando um terremoto devastou o Haiti e matou centenas de milhares de pessoas, o Brasil ou a ser destino de migração de haitianos. Entre 2010 e 2018, os dados da Polícia Federal apontam que em torno de 130 mil haitianos vieram ao Brasil, onde se estabeleceram e formaram família. O governo brasileiro criou um visto humanitário para atender às necessidades desses migrantes — mais tarde também estendido a sírios e afegãos. Nos últimos anos, porém, a recessão brasileira e a desvalorização do câmbio, que achatou a renda remetida pelos haitianos aos familiares no país de origem, levaram muitos a migrarem para o Chile ou outros países da região. ONGs pressionam As organizações Conectas Direitos Humanos, Missão Paz e Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude (ASBRAD) enviaram nesta terça-feira uma carta aos ministérios das Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública, expressando sua preocupação em relação à violação dos direitos humanos dos migrantes deportados. Na correspondência, as organizações não-governamentais pedem informações sobre os contatos do governo brasileiro com autoridades norte-americanas sobre o tema e também cobram que a diplomacia brasileira se posicione contrariamente frente ao que classificam de "política migratória discriminatória e xenofóbica" contra os haitianos. Vídeos: Os mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias 1i6e5j


Itamaraty informou que foi comunicado sobre a existência dos menores por Organização Internacional para as Migrações. Pais são haitianos, mas crianças, maioria com até três anos de idade, nasceram no Brasil. Haitianos que foram deportados dos Estados Unidos chegam ao Aeroporto Internacional Toussaint Louverture, em Porto Príncipe, no Haiti, no dia 19 de setembro AP Photo/Rodrigo Abd O governo brasileiro avalia a melhor forma de dar assistência às trinta crianças com cidadania brasileira que foram deportadas pelos Estados Unidos para o Haiti em meio à grave crise de migração que levou cerca de 15 mil haitianos à cidade texana de Del Rio, na fronteira com o México, nos últimos dias. Procurado pelo g1, o Itamaraty diz que foi comunicado pelo Escritório da Organização Internacional para as Migrações (OIM) no Haiti sobre a existência desses menores com aporte brasileiro dentre os milhares de haitianos que recentemente foram deportados. “A Embaixada do Brasil em Porto Príncipe está em contato com a OIM, com vistas a analisar a situação desses menores e de seus responsáveis legais, todos cidadãos haitianos, a fim de prestar-lhes a assistência cabível”, afirma ainda a resposta do Itamaraty. As crianças brasileiras têm, em sua maioria, até três anos de idade e estavam acompanhadas pelos pais haitianos, com quem fizeram a jornada para sair do Brasil e atravessar as Américas do Sul e Central até chegar à divisa entre México e EUA há pouco mais de uma semana, segundo informou matéria da BBC. Além dos 30 menores de idade brasileiros deportados, 182 crianças chilenas estão na mesma condição. Segundo a Constituição Federal, por terem nascido em território do Brasil, mesmo que de pais estrangeiros, os filhos dos haitianos são também considerados brasileiros natos. E por isso eles detinham apenas documentação brasileira ao serem encontrados e deportados pelos americanos. Migração A partir de 2010, quando um terremoto devastou o Haiti e matou centenas de milhares de pessoas, o Brasil ou a ser destino de migração de haitianos. Entre 2010 e 2018, os dados da Polícia Federal apontam que em torno de 130 mil haitianos vieram ao Brasil, onde se estabeleceram e formaram família. O governo brasileiro criou um visto humanitário para atender às necessidades desses migrantes — mais tarde também estendido a sírios e afegãos. Nos últimos anos, porém, a recessão brasileira e a desvalorização do câmbio, que achatou a renda remetida pelos haitianos aos familiares no país de origem, levaram muitos a migrarem para o Chile ou outros países da região. ONGs pressionam As organizações Conectas Direitos Humanos, Missão Paz e Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude (ASBRAD) enviaram nesta terça-feira uma carta aos ministérios das Relações Exteriores e da Justiça e Segurança Pública, expressando sua preocupação em relação à violação dos direitos humanos dos migrantes deportados. Na correspondência, as organizações não-governamentais pedem informações sobre os contatos do governo brasileiro com autoridades norte-americanas sobre o tema e também cobram que a diplomacia brasileira se posicione contrariamente frente ao que classificam de "política migratória discriminatória e xenofóbica" contra os haitianos. Vídeos: Os mais assistidos do g1 nos últimos 7 dias
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